Chineses avançam sobre a Ferrovia Brasileira:

Os chineses apresentaram e apresentam, através de propostas de investimentos, a intenção de gerir grande parte do mercado da ferrovia brasileira. A afirmativa se baseia nos últimos contatos realizados por executivos chineses do grupo CRRC/QRRC com o prefeito de Paulínia – SP, no último dia 04/07, e nas constantes sondagens desses orientais em nossos mercados, fora as necessidades do próprio país.

A ideia do encontro citado acima ocorrida com o prefeito “loira” em Paulínia, é ampliar os negócios do grupo na cidade, principalmente através da intermediação da empresa ANX, que já atua no interior de SP desde a década de 90.

A CRRC Corporation Limited, que foi uma das empresas representadas que compôs a mesa de executivos, é uma fabricante chinesa de artigos ferroviários de capital aberto. Atualmente é a maior fabricante de material rodante do mundo, superando a Alstom e a Siemens. Em 2016, contava com 183.061 empregados, e foi formada em 1º de junho de 2015 com a incorporação da CNR e da CSR.

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Prefeito “Loira” reunido com os executivos chineses (Imagem do Site Todo Dia)

É fato que os chineses são os maiores compradores de minério do Brasil, e este mercado brasileiro é extremamente depende da importação dos orientais, nesta área também existe uma contrapartida, pois o Brasil importa vagões produzidos pelo grupo CRRC. Uma compra recente desses vagões foi realizada pela CPTM e deverá estar disponível na linha 13 em Agosto/2019.

Abaixo segue dados de 2017 do fluxo de exportação do minério brasileiro pelo mundo:

Fluxo de exportação de minério (Imagem do Site DCI)

A Vale é a principal parceira da China na exportação, pois é responsável por grande parte das vendas externas da commodity do Brasil. A companhia previu produzir 390 milhões de toneladas em 2018, o que seria um aumento de cerca de 6,5 por cento ante 2017.

Praticamente toda a produção da Vale é exportada. Para 2019, a companhia previa atingir produção de 400 milhões de toneladas, mas infelizmente, devido a tragédia de Brumadinho – MG e a interrupção da extração em várias minas o número não deverá ser atingido.

Esse intercâmbio entre empresas brasileiras e estatais é extremamente sadia e rentável, a ferrovia tem muito a ganhar no que tange aos investimentos e as adesões das novas tecnologias de ponta apresentada pelos chineses.

Escrito, editado e revisado por Lucas Evaristo.

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Sobre o Artigo:

Esse material foi publicado por Lucas Evaristo

Lucas Evaristo é Logístico e Cientista de Dados de formação superior, especialista em Gestão de Projetos e Operação Ferroviária. Estudante de Engenharia Civil e apaixonado por Ferrovia.

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